18 de jun. de 2011

UM ALGUÉM

Houve um tempo em que pensei...
Pensei que não teria uma solução.
Confesso que desejei muito mesmo sumir.
Procurei achar conforto,carinho em pessoas.
Mas tudo que achei foi ilusão...
Mas finalmente achei a solução,Sim !
Achei algo melhor,alguém que salva.
Um alguém que cura liberta que...
Que transmite paz , que é amável.
Ele conforta , nos entendi , é compassivo.
É bom saber que há alguém.
Um alguém que torce por você.
E esse alguém é Jesus Cristo.
Se entregue a ele como entreguei.
E você verá como tudo mudará.

Arthur Alves

HIV

HIV


O HIV é conhecido como soro positivo.


Surgiu na África através de um macaco.


E com isso se propagou nos países.


Através de um homem surgiu no Brasil.


Os povos mais atingidos são os afrodescendentes.


Sabemos que na ciência não tem cura,


Porem e muito fácil de ser evitada.


Mas muitas famílias não tocam no assunto.


Mas é perigoso e bom se prevenir.


Deixamos um alerta sexo só com camisinha.



Esse minitexto é composto por 10 (dez) frases cada uma com 7 (sete) palavras.

Autores: Iago Carmona, Lucas Oshima, José Ednaldo Nºs: 10,13,16 Serie: 2ºE

ESPORTES

Quem nunca praticou esporte na sua vida?
Acredito que "todo mundo" já os praticou!
Afinal, esporte faz muito bem para saúde.
No Brasil o esporte preferido é futebol.
É paixão nacional,desejo de todos brasileiros.
No futebol o Brasil é penta campeão.
Somos os unicos penta campeães do mundo.
É o sonho de todos os garotos.
Mas além do futebol,destacamos o voleibol.
Nos resultados é o esporte do Brasil.
Para ser esportista a caminhada é longa.
Principalmente no Brasil que não da encentivos.
O que dizer desses monstros do esporte?
"Ayrton senna, Rei Pelé, Gustavo Kuerten, Etc...
Todo mundo conhece esses montros do esporte.
Espero que sempre surgem novos grandes esportistas.


Welliton Marcos, Keven Matheus, AlicE

COMO É SER UM LOUCO?

Diferente, animado, estranho ou bobão ? Ser Todo dia o mesmo !

Pessoas inteligentes são consideradas loucas. Einsten era considerado um também.

Do hospício já veio artistas. O difícil é lembrar um.

Ter costumes idiotas ou bizarros. Ser um cara retardado e animado. Só gênios tem essa mentalidade.

Onde os loucos são SÃOS. E os sãos são LOUCOS. Coisa de louco, cinco palavras. Podemos dizer também sou um. Pois sou diferente dos outros.

Terminar com cinco palavras isso. É difícil de se fazer. Foi feito por dois loucos.

Fim , End , Final , Fin , Finish


Walker L. Dos Santos

Paulo Ricardo

SEM TITULO

Eu sempre, sonhei que um dia iria conhecer

uma pessoa doce e meiga igual a você.

Um grande amor que levarei ,comigo para sempre

aquele, que eu amei desde o primeiro beijo

Eu que sou imatura, aprendi a te amar

porque você me conquistou com um ,simples olhar...

E hoje me sinto assim ,boba por você.

Eu te quero pra mim ,não importa nada

pois, se estiver ao meu lado, estou bem

posso descansar na paz, porque você esta bem.

Obrigado, por me fazer feliz, te quero sempre

Você que está presente em, meu coração sim

mais que permanecera em mim, pra todo sempre

Eu te amo muito, essa história é sua...

cada palavra dita aqui, é verdadeira e pura

não se esqueça, delas pois é de coração.

Acabo por aqui, um enorme beijo para você..




Pamela Tarcila Tardim

ERA UMA VEZ

Era uma vez. Princesa sem castelo. Sem sangue azul. Sem educadas criadas. Não falava linguas. Não usava coroa. Nem joias caras. Não tinha trono. Nem Cabelos loiros. Nem olhos azuis. Não era perfeita. Era pessoa comum. Mas tinha sonhos. Isso a confortava!


Janaina e Ingrid

Música

A música pode ser considerada uma forma artística.

Ou também uma forma de expressão de sentimentos.

Ou para nos consolar quando estivermos muito tristes .

A música para mim é tudo ou mais .

É através dela que eu me expresso bem .

É a música que me faz muito feliz.

E é de música que eu quero viver .

E é por ela que eu demonstro amor.


Stephanie

MINICONTO

Esse texto possui exatamente seis palavras.Nós estamos brincando com esse texto.Porque assim nossa cabeça não pira.Fazemos esse joguinho para a professora.

Agora nós vamos encerrar esse texto.Com mais seis palavras para você:

Nós Te Amamos Muito Professora Marlene

Danilo e Allan

ESPORTES

Quem nunca praticou esporte na sua vida?
Acredito que "todo mundo" já os praticou!
Afinal, esporte faz muito bem para saúde.
No Brasil o esporte preferido é futebol.
É paixão nacional,desejo de todos brasileiros.
No futebol o Brasil é penta campeão.
Somos os unicos penta campeães do mundo.
É o sonho de todos os garotos.
Mas além do futebol,destacamos o voleibol.
Nos resultados é o esporte do Brasil.
Para ser esportista a caminhada é longa.
Principalmente no Brasil que não da encentivos.
O que dizer desses monstros do esporte?
"Ayrton senna, Rei Pelé, Gustavo Kuerten, Etc...
Todo mundo conhece esses montros do esporte.
Espero que sempre surgem novos grandes esportistas.

Welliton Marcos, Keven matheus,34





28 de mar. de 2011

Uso de mau, mal

MAU, o contrário de bom, é adjetivo – portanto sempre acompanha um substantivo – e tem o feminino (plural: maus e más):
Fez um mau negócio, num mau momento.
Os homens maus e as mulheres más sempre se dão mal.

MAL tem por antônimo a palavra bem.
Isso pegou mal. (Isso não pegou bem)
Ela joga muito mal. (Ele não joga bem)
Ele é mal-humorado. (Ele não é bem humorado)

Erros de gramática e idioma podem levar à demissão.

Especialistas em recursos humanos dizem que algumas falhas chegam a prejudicar carreira. Profissionais devem evitar ainda uso de gírias, gerúndio e termos em inglês fora do contexto. Dicas valem para e-mails, projetos, planilhas, reuniões e até ligações telefônicas
Luciano Cavenagui
DIÁRIO SP




Profissionais que cometem erros de gramática e idiomas podem ser demitidos. Segundo alguns especialistas em recursos humanos (RH), os líderes estão atentos ao conhecimento e comportamento dos colaboradores, não apenas ao desempenho e resultados.

"Várias pessoas já perderam o emprego por causa de um e-mail mal redigido. Por exemplo, uma vírgula ou um ponto que é colocado de forma errada em uma mensagem pode dar margem a várias interpretações", diz Izabel de Almeida, diretora executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos.

Um dos deslizes mais comuns no mundo corporativo é o uso indevido do gerúndio. Expressões como "vou estar fazendo" e "vou estar te mandando o relatório" são vícios que não foram eliminados por muitos funcionários, principalmente os que trabalham na área de call center (telemarketing).

"Mesmo após a exposição desses erros na mídia, que marcaram o setor de telemarketing, diversos profissionais ainda caem na tentação de usar o gerúndio", destaca Izabel.

Pecado capital
"Não saber se comunicar adequadamente é um dos sete pecados capitais da etiqueta corporativa. Erros gramaticais e de linguagem prejudicam a carreira", afirma a consultora Lígia Marques, especializada no ambiente corporativo. Para ela, outro equívoco é a utilização de gírias.

"Essa modalidade de linguagem deve ser evitada ao máximo. Devemos avaliar bem o ambiente e a sua formalidade e lembrarmos que a imagem profissional está sendo constantemente avaliada." Outras gafes são utilizar termos em inglês fora do contexto, pronunciar palavras em outros idiomas de maneira errada e, claro, os erros de português.

Está enganado quem pensa que as mensagens corporativas podem ser redigidas de maneira leve e informal, como os e-mails de uso pessoal, e os textos escritos nas redes sociais, entre elas Twitter e Facebook.

"Os profissionais estão a todo momento passando por avaliações. As redes sociais, por exemplo, refletem características da personalidade. Para quem está procurando emprego, vale lembrar que as empresas fazem pesquisas nas redes para saber se o candidato tem perfil adequado", comenta a diretora da empresa Ricardo Xavier. "Os e-mails fazem parte da imagem profissional", completa Lígia.

Demissão por causa das redes sociais
São vários os casos de colaboradores que foram demitidos por causa
de mensagens e fotos publicadas nas redes sociais, como Orkut, Twitter e Facebook.
Por isso, evite fazer críticas ao chefe e à corporação, falar mal dos colegas de trabalho e comentar assuntos internos.
Postar informações da vida pessoal também é um erro, ainda mais sobre baladas, bebidas e relacionamentos. As empresas de recursos humanos (RH) costumam pesquisar o perfil dos candidatos na internet.

Fonte: Diário de São Paulo 8/2/2011

16 de mar. de 2011

Queridos alunos em 2011

Ola, Queridos...

Conforme conversamos, segue abaixo os poemas, todos de Vinicius de Moraes, para que vocês escolham. Agora, prestem atenção: ao escolher o poema, postem o nome de vocês e a série no comentário do poema escolhido. À partir de um poema escolhido, outro grupo, da mesma série não o pode escolher, Ok?

Divirtam-se..

Beijocas...


Profa. Marlene

SONETO DA SEPARAÇÃO (4 alunos)

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

24 de nov. de 2010

Características do Conto

Características Gerais do Conto
Extensão

O Conto é, antes de mais nada, curto. Mesmo que alguns autores insistam que determinadas narrativas de longa duração sejam também contos por suas características estruturais, pode-se considerar que estes casos estão aí para confirmar a exceção da regra. Assim, o conto é curto. E por que curto, conciso. Não há tempo para se espalhar em grandes detalhes, em sutilezas que destoam de seus tempos, de seu necessário ritmo de leitura. Um conto deve estar contido entre algumas palavras (no caso de micro contos) até um máximo de cinco a seis mil palavras.

Linhas Dramáticas

Enquanto que num romance podem haver várias linhas de desenvolvimento, como por exemplo, estórias secundárias acontecendo em volta da trama do protagonista, no caso do conto a trama é única. Não há a possibilidade da dispersão no desenvolvimento da estória, dado as características de concisão do conto.

Tempo

O conto não tem muito espaço para idas e vindas no tempo. A utilização de recursos como o flash-back é rara, permanecendo a narrativa quase sempre em uma única linha de encaminhamento temporal.

Espaço

Dada a curta extensão do conto, os seus cenários – e sua descrição, portanto! – são restritos, podendo o autor os reduzir ao mínimo indispensável para a sua contextualização espacial. Esta pode até ser, em alguns casos, inexistente.


Final enigmático

Alguns escritores contemporâneos escrevem a narrativa sem um final, ou até mesmo sem um desenvolvimento flagrante. Seus contos são mais contemplativos, mais um estado d’alma, às vezes sem nexo aparente. O mais comum, no entanto, é o conto com uma estrutura tradicional, com início, meio e fim. O final deve sempre ser uma surpresa, a resolução de um enigma, ou a inversão de uma situação que deveria seguir em direção oposta, ou que pareceria sem solução. O suspense deve ser mantido até o último parágrafo, quando, depois de prender o leitor através de toda a sua leitura, o escritor lhe fornece a catarse – a risada, o susto, a surpresa.

23 de nov. de 2010

Provão de Português

Link para download do provão de Português 2° Semestre, o arquivo está em PDF.

http://www.4shared.com/document/A0yT5po4/provao_2010.html

Link para a correção comentada

http://noticias.terra.com.br/educacao/vestibular/noticias/0,,OI4771367-EI17122,00-Correcao+das+provas+do+Enem.html

Errata: as questão de Português começam na 96.

21 de ago. de 2010

Em todos os lares

Criada em 1924, por John Logie Baird, a televisão é a companhia predileta das famílias,causando extremo fascínio aos telespectadores pela sua diversidade, e capacidade de transmitir algo de qualquer lugar do mundo em tempo real.

Mas será que a TV só nos traz benefícios?

Uma pesquisa realizada por uma instituição americana revela que cada hora passada em frente à Televisão, faz com que pessoas em idade escolar aumentem suas chances de desenvolver problemas de déficit de atenção mais tarde, além de dificuldade de concentração, impulsividade, impaciência e confusão mental.

Se passarmos 4 horas em frente à TV por dia, quando chegarmos aos sessenta anos de idade vamos ter gasto dez anos em frente a TV.

Portanto será que com uma vida tão curta e tão imprevisível, vale apena deixar de estar vivenciando momentos com a família para ver TV?

A única certeza que podemos ter, é que o “maior ladrão de nosso tempo”, se encontra hoje em todos os lares.


Por Yan Rebouças - 2o. C

11 de jun. de 2010

Para o Dia dos Namorados

Crônica
Antigas namoradas
Por Ivan Angelo | 26/05/2010







Qual é o encanto das antigas namoradas? Temei, esposas, noivas, amantes, pretendentes, temei o mistério das antigas namoradas. Temei seu assédio volátil, sua presença incorpórea, seus apelos inaudíveis, seus dedos pianíssimos, seus pés passarinhos. E consolai-vos, pois sois vós mesmas antigas namoradas de algum marido, noivo, amante — hoje de outra.

Por que não se esquece uma antiga namorada? O cérebro, que apaga tantas coisas de que gostaríamos de nos lembrar, ou que as mantém no fundo de um quartinho escuro, traz para a luz uma ou outra antiga namorada e dá-lhe um banho de sol.

As antigas namoradas vão conosco ao cinema, deitam-se ao nosso lado na areia da praia, visitam amigos que visitamos. Preferem nossos momentos de solidão, mas não se importam com presenças.

O curioso é que nem todas foram boas namoradas, e isso não as impede de pretensiosamente encontrar espaço entre as benfazejas. Como se o tempo fosse desbastando a pessoa real, depurando-a, e acabasse por deixá-la enxuta, encaixada nesse conceito simples: ex-namorada. E como tal terá dado ao namorado, a seu tempo, o que é da essência das namoradas. Porque a má namorada não é como a bruxa dos contos de fada, que é sempre má, ou como a vilã de telenovela. Teve seus bons momentos, ou não seria namorada, tenha feito o que tiver feito por defeito. As falhas passadas já não a impedem de ir chegando, simplesmente porque é, como as outras, uma antiga namorada.

Podemos até passar por uma antiga namorada na rua e não a reconhecer. O tempo delas não é o de hoje. Seu momento foi fixado em algum lugar do passado, quando a beleza do olhar, do sorriso, da voz, do gesto, do ato nos emocionou e gravou imagens que voltam em flashback. Um dos prováveis encantos das antigas namoradas é que o tempo não as destrói, antes conserva e recupera. Adoça.

Homens têm afeições mais difusas do que as das mulheres. Não ficam se lembrando de roupas que tiveram, sapatos, escolas, casas, quartos, brinquedos, cães — ou quando se lembram não devaneiam. No geral, escorregam da realidade para o devaneio ao se recordar de duas coisas: seu primeiro carro e as antigas namoradas. Às vezes de ambos, nos momentos em que os aproveitaram juntos.

O apelo das antigas namoradas dispensa fotografias desbotadas ou cartas amareladas, e lenços, luvas, calcinhas, pétalas secas de flor. Elas não precisam disso para se insinuar e além do mais as esposas, noivas, amadas ou pretendentes não permitiriam nas gavetas da casa esse tipo de fetiche.

Nada pedem. Fazem companhia num cinema sem disputar o braço da poltrona, sem gastar entrada, na cama sem ocupar espaço, no trânsito sem desviar nossa atenção. De quem é artista, povoam telas, páginas, cenas. O mistério delas é estar sem estar. É não ter hora. Por que vão e voltam, anos sem vir, dias sem ir? Por que sumiços e um dia insistências?

Será o encanto delas o nos terem amado, egoístas que somos, vaidosos que somos? Ou o terem sido amadas? Será o terem chorado, o termos chorado? A entrega? Será o termos pensado que ninguém mais caberia na vida delas, ou na nossa, ninguém além de nós? O encanto delas será as incluirmos no nosso confronto de hoje com as ilusões do passado, a nossa ingenuidade, o nosso romantismo? Temos saudade de nós?

Pertencendo elas a outro tempo, seu encanto é não terem realidade, não serem tocadas pelas imperfeições do presente e da presença. Quando provocam o reencontro, as perdemos.

Conto Fantático / Conto Fantástico Gótico

Neste bimestre, estudamos o Conto Fantático e Conto Fantástico Gótico. Vocês até estão tentando produzir algo do gênero (está difícil). Pesquisem algo sobre o assunto e postem no blog de vocês e, sem seguida, me avisem, neste artigo que já o fizerem. Bom trabalho.

28 de mai. de 2010

Conto Fantástico Gótico

A literatura gótica, é muito conhecida como 2ª fase do romantismo brasileiro, pois tanto o romantismo como o goticismo, falam da morte, da salvação, da paz, do alívio através da morte, todos falam de decepções, tristezas, agonias, enfim, da realidade de cada um.

27 de mai. de 2010

O Conto Fantástico

O conto fantástico - Uma dualidade entre o real e o absurdo
Ao falarmos sobre conto, logo nos reportamos com a ideia de um texto narrativo no qual predomina todos os elementos ligados a esta tipologia textual, isto é, Tempo, Espaço, Narrador, Personagens e Enredo.

Das narrativas orais dos antigos povos até a publicação em livros na realidade atual, da narrativa popular literária, o conto se aperfeiçoou muito, resultando em diversas classificações.

Desta forma, é comum encontrarmos antologias que reúnem os contos por:
- nacionalidade: Conto russo, brasileiro;
- por temas: Contos maravilhosos, fantásticos, de terror, de mistério, de ficção científica, dentre outros;
- e também por outras classificações: Conto moderno, contemporâneo, etc.

No campo das artes, mais especificamente na Literatura, os artistas estão sempre empenhados em renovar suas formas de expressão, e em função disso, quebram certas convenções do gênero que utilizam.

De modo convencional, o conto se estrutura dos seguintes elementos: Apresentação, Complicação, Clímax e Desfecho.

Modernamente, os contos tornaram-se mais concentrados, apoiando-se em técnicas inovadoras, como é o caso do flashback e o tempo psicológico, onde este determina o tempo ligado às emoções, às recordações vividas pelos personagens, e aquele é um recurso de voltar ao passado, uma espécie de enredo não linear.

Entre os principais contistas da atualidade cita-se: Dalton Trevisan, Moacyr Scliar, Ignácio de Loyola Brandão, Ricardo Ramos e Sérgio Santana.

Vejamos agora um conto de Dalton Trevisan, intitulado “Apelo”:

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.

Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

Dando ênfase ao conto fantástico, o mesmo teve sua origem no século XVII. Entretanto, nas décadas de 1970-80, teve um surpreendente florescimento nos países latino-americanos, como o Brasil, que vivia um período de grande repressão política, censura e repressão em decorrência da Ditadura Militar.

De acordo com a ideologia dos escritores da época, a atmosfera ilógica e absurda de suas obras, era um meio de denunciar a realidade opressiva e incoerente em que viviam.
Entre os destaques estão: Julio Cortázar, Gabriel García Márquez, Murilo Rubião, José J. Veiga e outros.

15 de mar. de 2010

Estamos em greve

A título de esclarecimento e, como a imprensa não divulga, a greve não é uma decisão impensada, de última hora. A Apeoesp (sindicado da classe), vem tentando junto o governo diversas negociações, sem sucesso.

Principais eixos do nosso movimento:

􀂄 Reajuste salarial imediato de 34,3%;
􀂄 incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados;
􀂄 por um plano de carreira justo; pela garantia de emprego;
􀂄 contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito);
􀂄 pela revogação das leis 1093,1041,1097;
􀂄 concurso público de caráter classificatório;
􀂄 contra as reformas do Ensino Médio;
􀂄 contra a municipalização do ensino;
􀂄 pela luta contra o PLC 1614 (avaliação nacional dos professores)


Maiores esclarecimentos, acessem www.apeoesp.org.br

3 de dez. de 2009

O ESPELHO - MACHADO DE ASSIS

Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos votos
trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventuras, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou cinco investigadores de
coisas metafísicas, resolvendo amigavelmente os mais árduos problemas do universo.

Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto personagem,
calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre quarenta e cinqüenta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não sem instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendo que a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a perfeição espiritual e eterna. Como desse esta mesma resposta naquela noite, contestou-lha um dos presentes, e desafiou-o a demonstrar o que dizia, se era capaz. Jacobina (assim se chamava ele) refletiu um instante, e respondeu:

- Pensando bem, talvez o senhor tenha razão.

Vai senão quando, no meio da noite, sucedeu que este casmurro usou da palavra, e não dois ou três minutos, mas trinta ou
quarenta. A conversa, em seus meandros, veio a cair na natureza da alma, ponto que dividiu radicalmente os quatro amigos.
Cada cabeça, cada sentença; não só o acordo, mas a mesma discussão tornou-se difícil, senão impossível, pela multiplicidade
das questões que se deduziram do tronco principal e um pouco, talvez, pela inconsistência dos pareceres. Um dos
argumentadores pediu ao Jacobina alguma opinião, - uma conjetura, ao menos.

- Nem conjetura, nem opinião, redargüiu ele; uma ou outra pode dar lugar a dissentimento, e, como sabem, eu não discuto. Mas, se querem ouvir-me calados, posso contar-lhes um caso de minha vida, em que ressalta a mais clara demonstração acerca da matéria de que se trata. Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...

- Duas?

- Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha
de fora para entro... Espantem-se à vontade, podem ficar de boca aberta, dar de ombros, tudo; não admito réplica. Se me
replicarem, acabo o charuto e vou dormir. A alma exterior pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um
objeto, uma operação. Há casos, por exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma exterior de uma pessoa; - e assim também a polca, o voltarete, um livro, uma máquina, um par de botas, uma cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira; as duas completam o homem, que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência; e casos há, não raros, em que a perda da alma exterior implica a da existência inteira. Shylock, por exemplo. A alma exterior aquele judeu eram os seus ducados; perdê-los equivalia a morrer. "Nunca mais verei o meu ouro, diz ele a Tubal; é um punhal que me enterras no coração." Vejam bem esta frase; a perda dos ducados, alma exterior, era a morte para ele. Agora, é preciso saber que a alma exterior não é sempre a mesma...

- Não?

- Não, senhor; muda de natureza e de estado. Não aludo a certas almas absorventes, como a pátria, com a qual disse o Camões que morria, e o poder, que foi a alma exterior de César e de Cromwell. São almas enérgicas e exclusivas; mas há outras, embora enérgicas, de natureza mudável. Há cavalheiros, por exemplo, cuja alma exterior, nos primeiros anos, foi um chocalho ou um cavalinho de pau, e mais tarde uma provedoria de irmandade, suponhamos. Pela minha parte, conheço uma senhora, - na verdade, gentilíssima, - que muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano. Durante a estação lírica é a ópera; cessando a estação, a alma exterior substitui-se por outra: um concerto, um baile do Cassino, a rua do Ouvidor, Petrópolis...

- Perdão; essa senhora quem é?

- Essa senhora é parenta do diabo, e tem o mesmo nome; chama-se Legião... E assim outros mais casos. Eu mesmo tenho
experimentado dessas trocas. Não as relato, porque iria longe; restrinjo-me ao episódio de que lhes falei. Um episódio dos meus vinte e cinco anos...

Os quatro companheiros, ansiosos de ouvir o caso prometido, esqueceram a controvérsia. Santa curiosidade! tu não és só a
alma da civilização, és também o pomo da concórdia, fruta divina, de outro sabor que não aquele pomo da mitologia. A sala, até há pouco ruidosa de física e metafísica, é agora um mar morto; todos os olhos estão no Jacobina, que conserta a ponta do
charuto, recolhendo as memórias. Eis aqui como ele começou a narração:

- Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava de ser nomeado alferes da Guarda Nacional. Não imaginam o acontecimento
que isto foi em nossa casa. Minha mãe ficou tão orgulhosa! tão contente! Chamava-me o seu alferes. Primos e tios, foi tudo uma alegria sincera e pura. Na vila, note-se bem, houve alguns despeitados; choro e ranger de dentes, como na Escritura; e o motivo não foi outro senão que o posto tinha muitos candidatos e que esses perderam. Suponho também que uma parte do desgosto foi inteiramente gratuita: nasceu da simples distinção. Lembra-me de alguns rapazes, que se davam comigo, e passaram a olhar-me de revés, durante algum tempo. Em compensação, tive muitas pessoas que ficaram satisfeitas com a nomeação; e a prova é que todo o fardamento me foi dado por amigos... Vai então uma das minhas tias, D. Marcolina, viúva do Capitão Peçanha, que morava a muitas léguas da vila, num sítio escuso e solitário, desejou ver-me, e pediu que fosse ter com ela e levasse a farda. Fui, acompanhado de um pajem, que daí a dias tornou à vila, porque a tia Marcolina, apenas me pilhou no sítio, escreveu a minha mãe dizendo que não me soltava antes de um mês, pelo menos. E abraçava-me! Chamava-me também o seu alferes. Achava-me um rapagão bonito. Como era um tanto patusca, chegou a confessar que tinha inveja da moça que houvesse de ser minha mulher. Jurava que em toda a província não havia outro que me pusesse o pé adiante. E sempre alferes; era alferes para cá, alferes para lá, alferes a toda a hora. Eu pedia-lhe que me chamasse Joãozinho, como dantes; e ela abanava a cabeça, bradando que não, que era o "senhor alferes". Um cunhado dela, irmão do finado Peçanha, que ali morava, não me chamava de outra maneira. Era o "senhor alferes", não por gracejo, mas a sério, e à vista dos escravos, que naturalmente foram pelo mesmo caminho. Na mesa tinha eu o melhor lugar, e era o primeiro servido. Não imaginam. Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um grande espelho, obra rica e magnífica, que destoava do resto da casa, cuja mobília era modesta e simples... Era um espelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808 com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmente muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos superiores da moldura, uns enfeites de madrepérola e outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom...

- Espelho grande?

- Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza, porque o espelho estava na sala; era a melhor peça da casa. Mas não houve
forças que a demovessem do propósito; respondia que não fazia falta, que era só por algumas semanas, e finalmente que o
"senhor alferes" merecia muito mais. O certo é que todas essas coisas, carinhos, atenções, obséquios, fizeram em mim uma
transformação, que o natural sentimento da mocidade ajudou e completou. Imaginam, creio eu?

- Não.

- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima de humanidade. Aconteceu então que a alma exterior, que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das moças, mudou de natureza, e passou a ser a cortesia e os rapapés da casa, tudo o que me falava do posto, nada do que me falava do homem. A única parte do cidadão que ficou comigo foi aquela que entendia com o exercício da patente; a outra dispersou-se no ar e no passado. Custa-lhes acreditar, não?

- Custa-me até entender, respondeu um dos ouvintes.

- Vai entender. Os fatos explicarão melhor os sentimentos: os fatos são tudo. A melhor definição do amor não vale um beijo de moça namorada; e, se bem me lembro, um filósofo antigo demonstrou o movimento andando. Vamos aos fatos. Vamos ver
como, ao tempo em que a consciência do homem se obliterava, a do alferes tornava-se viva e intensa. As dores humanas, as
alegrias humanas, se eram só isso, mal obtinham de mim uma compaixão apática ou um sorriso de favor. No fim de três semanas, era outro, totalmente outro. Era exclusivamente alferes. Ora, um dia recebeu a tia Marcolina uma notícia grave; uma de suas filhas, casada com um lavrador residente dali a cinco léguas, estava mal e à morte. Adeus, sobrinho! adeus, alferes! Era mãe extremosa, armou logo uma viagem, pediu ao cunhado que fosse com ela, e a mim que tomasse conta do sítio. Creio que, se não fosse a aflição, disporia o contrário; deixaria o cunhado e iria comigo. Mas o certo é que fiquei só, com os poucos escravos da casa. Confesso-lhes que desde logo senti uma grande opressão, alguma coisa semelhante ao efeito de quatro paredes de um cárcere, subitamente levantadas em torno de mim. Era a alma exterior que se reduzia; estava agora limitada a alguns espíritos boçais. O alferes continuava a dominar em mim, embora a vida fosse menos intensa, e a consciência mais débil. Os escravos punham uma nota de humildade nas suas cortesias, que de certa maneira compensava a afeição dos parentes e a intimidade doméstica interrompida. Notei mesmo, naquela noite, que eles redobravam de respeito, de alegria, de protestos. Nhô alferes, de minuto a minuto; nhô alferes é muito bonito; nhô alferes há de ser coronel; nhô alferes há de casar com moça bonita, filha de general; um concerto de louvores e profecias, que me deixou extático. Ah ! pérfidos! mal podia eu suspeitar a intenção secreta dos malvados.

- Matá-lo?

- Antes assim fosse.

- Coisa pior?

- Ouçam-me. Na manhã seguinte achei-me só. Os velhacos, seduzidos por outros, ou de movimento próprio, tinham resolvido
fugir durante a noite; e assim fizeram. Achei-me só, sem mais ninguém, entre quatro paredes, diante do terreiro deserto e da roça
abandonada. Nenhum fôlego humano. Corri a casa toda, a senzala, tudo; ninguém, um molequinho que fosse. Galos e galinhas
tão-somente, um par de mulas, que filosofavam a vida, sacudindo as moscas, e três bois. Os mesmos cães foram levados pelos
escravos. Nenhum ente humano. Parece-lhes que isto era melhor do que ter morrido? era pior. Não por medo; juro-lhes que não tinha medo; era um pouco atrevidinho, tanto que não senti nada, durante as primeiras horas. Fiquei triste por causa do dano causado à tia Marcolina; fiquei também um pouco perplexo, não sabendo se devia ir ter com ela, para lhe dar a triste notícia, ou ficar tomando conta da casa. Adotei o segundo alvitre, para não desamparar a casa, e porque, se a minha prima enferma estava mal, eu ia somente aumentar a dor da mãe, sem remédio nenhum; finalmente, esperei que o irmão do tio Peçanha voltasse naquele dia ou no outro, visto que tinha saído havia já trinta e seis horas. Mas a manhã passou sem vestígio dele; à tarde comecei a sentir a sensação como de pessoa que houvesse perdido toda a ação nervosa, e não tivesse consciência da ação muscular. O irmão do tio Peçanha não voltou nesse dia, nem no outro, nem em toda aquela semana. Minha solidão tomou proporções enormes. Nunca os dias foram mais compridos, nunca o sol abrasou a terra com uma obstinação mais cansativa. As horas batiam de século a século no velho relógio da sala, cuja pêndula tic-tac, tic-tac, feria-me a alma interior, como um piparote contínuo da eternidade. Quando, muitos anos depois, li uma poesia americana, creio que de Longfellow, e topei este famoso estribilho: Never, for ever! - For ever, never! confesso-lhes que tive um calafrio: recordei-me daqueles dias medonhos. Era justamente assim que fazia o relógio da tia Marcolina: - Never, for ever!- For ever, never! Não eram golpes de pêndula, era um diálogo do abismo, um cochicho do nada. E então de noite! Não que a noite fosse mais silenciosa. O silêncio era o mesmo que de dia. Mas a noite era a sombra, era a solidão ainda mais estreita, ou mais larga. Tic-tac, tic-tac. Ninguém, nas salas, na varanda, nos corredores, no terreiro, ninguém em parte nenhuma... Riem-se?

- Sim, parece que tinha um pouco de medo.

- Oh! fora bom se eu pudesse ter medo! Viveria. Mas o característico daquela situação é que eu nem sequer podia ter medo,
isto é, o medo vulgarmente entendido. Tinha uma sensação inexplicável. Era como um defunto andando, um sonâmbulo, um
boneco mecânico. Dormindo, era outra coisa. O sono dava-me alívio, não pela razão comum de ser irmão da morte, mas por
outra. Acho que posso explicar assim esse fenômeno: - o sono, eliminando a necessidade de uma alma exterior, deixava atuar a alma interior. Nos sonhos, fardava-me orgulhosamente, no meio da família e dos amigos, que me elogiavam o garbo, que me
chamavam alferes; vinha um amigo de nossa casa, e prometia-me o posto de tenente, outro o de capitão ou major; e tudo isso
fazia-me viver. Mas quando acordava, dia claro, esvaía-se com o sono a consciência do meu ser novo e único -porque a alma
interior perdia a ação exclusiva, e ficava dependente da outra, que teimava em não tornar... Não tornava. Eu saía fora, a um lado e outro, a ver se descobria algum sinal de regresso. Soeur Anne, soeur Anne, ne vois-tu rien venir? Nada, coisa nenhuma; tal qual como na lenda francesa. Nada mais do que a poeira da estrada e o capinzal dos morros. Voltava para casa, nervoso, desesperado, estirava-me no canapé da sala. Tic-tac, tic-tac. Levantava-me, passeava, tamborilava nos vidros das janelas, assobiava. Em certa ocasião lembrei-me de escrever alguma coisa, um artigo político, um romance, uma ode; não escolhi nada definitivamente; sentei-me e tracei no papel algumas palavras e frases soltas, para intercalar no estilo. Mas o estilo, como tia Marcolina, deixava-se estar. Soeur Anne, soeur Anne... Coisa nenhuma. Quando muito via negrejar a tinta e alvejar o papel.

- Mas não comia?

- Comia mal, frutas, farinha, conservas, algumas raízes tostadas ao fogo, mas suportaria tudo alegremente, se não fora a terrível
situação moral em que me achava. Recitava versos, discursos, trechos latinos, liras de Gonzaga, oitavas de Camões, décimas,
uma antologia em trinta volumes. As vezes fazia ginástica; outra dava beliscões nas pernas; mas o efeito era só uma sensação
física de dor ou de cansaço, e mais nada. Tudo silêncio, um silêncio vasto, enorme, infinito, apenas sublinhado pelo eterno tic-tac da pêndula. Tic-tac, tic-tac...

- Na verdade, era de enlouquecer.

- Vão ouvir coisa pior. Convém dizer-lhes que, desde que ficara só, não olhara uma só vez para o espelho. Não era abstenção
deliberada, não tinha motivo; era um impulso inconsciente, um receio de achar-me um e dois, ao mesmo tempo, naquela casa
solitária; e se tal explicação é verdadeira, nada prova melhor a contradição humana, porque no fim de oito dias deu-me na veneta de olhar para o espelho com o fim justamente de achar-me dois. Olhei e recuei. O próprio vidro parecia conjurado com o resto do universo; não me estampou a figura nítida e inteira, mas vaga, esfumada, difusa, sombra de sombra. A realidade das leis físicas não permite negar que o espelho reproduziu-me textualmente, com os mesmos contornos e feições; assim devia ter sido. Mas tal não foi a minha sensação. Então tive medo; atribuí o fenômeno à excitação nervosa em que andava; receei ficar mais tempo, e enlouquecer. - Vou-me embora, disse comigo. E levantei o braço com gesto de mau humor, e ao mesmo tempo de decisão, olhando para o vidro; o gesto lá estava, mas disperso, esgaçado, mutilado... Entrei a vestir-me, murmurando comigo, tossindo sem tosse, sacudindo a roupa com estrépito, afligindo-me a frio com os botões, para dizer alguma coisa. De quando em quando, olhava furtivamente para o espelho; a imagem era a mesma difusão de linhas, a mesma decomposição de contornos... Continuei a vestir-me. Subitamente por uma inspiração inexplicável, por um impulso sem cálculo, lembrou-me... Se forem capazes de adivinhar qual foi a minha idéia...

- Diga.

- Estava a olhar para o vidro, com uma persistência de desesperado, contemplando as próprias feições derramadas e
inacabadas, uma nuvem de linhas soltas, informes, quando tive o pensamento... Não, não são capazes de adivinhar.

- Mas, diga, diga.

- Lembrou-me vestir a farda de alferes. Vesti-a, aprontei-me de todo; e, como estava defronte do espelho, levantei os olhos, e...não lhes digo nada; o vidro reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o alferes, que achava, enfim, a alma exterior. Essa alma ausente com a dona do sítio, dispersa e fugida com os escravos, ei-la recolhida no espelho. Imaginai um homem que, pouco a pouco, emerge de um letargo, abre os olhos sem ver, depois começa a ver, distingue as pessoas dos objetos, mas não conhece individualmente uns nem outros; enfim, sabe que este é Fulano, aquele é Sicrano; aqui está uma cadeira, ali um sofá. Tudo volta ao que era antes do sono. Assim foi comigo. Olhava para o espelho, ia de um lado para outro, recuava, gesticulava, sorria e o vidro exprimia tudo. Não era mais um autômato, era um ente animado. Daí em diante, fui outro. Cada dia, a uma certa hora, vestia-me de alferes, e sentava-me diante do espelho, lendo olhando, meditando; no fim de duas, três horas, despia-me outra vez. Com este regime pude atravessar mais seis dias de solidão sem os sentir...

Quando os outros voltaram a si, o narrador tinha descido as escadas.

1 de dez. de 2009

Trabalho de Recuperação – 4º. Bimestre – 3º. E.M.

Lingua Portuguesa – Profa. Marlene

Ler os contos “Clara dos Anjos” e “O homem Que Sabia Javanês” de Lima Barreto. Segue duas sugestões de acessos da internet:

http://contosdocovil.wordpress.com/2008/06/09/clara-dos-anjos/

http://contosdocovil.wordpress.com/2008/06/09/o-homem-que-sabia-javanes/


Em seguida, elaborar um texto, dividido em duas partes:
A primeira deverá analisar e comparar tais contos, considerando suas estruturas narrativas como as personagens, o foco narrativo, a trama e enredo, tempo, espaço, desfecho.
Na segunda etapa, apresente os principais elementos do Pré-Modernismo que estão materializados nos textos.

Considerem, em ambos os textos, que é necessária a utilização de trechos dos dois contos, como elementos de análise. A ausência de trechos analisados implica a construção de um texto com deficiências argumentativas e temáticas, acarretando em uma possível queda no nota final de Língua Portuguesa. Desta forma, empregue todos os recursos praticados em sala de aula,durante esses três anos, como as técnicas de resumo, interpretação e produção de textos, inferência, argumentos, etc.


O texto deverá seguir aos formatos: dissertativo, em terceira pessoa; coeso e
coerente; fonte Arial 12, espaçamento 1,5; Microsoft Office Word 1997-2003.


Entrega ATÉ 04/12 *Não será aceito após essas data*, nem com atestado médico.

28 de nov. de 2009

Galera, essa música eu fiz com muito carinho, procurando retratar aquilo que, independente do conteúdo, eu falei para vocês insistentemente nestes três anos que estivemos juntos. É uma homenagem à todos os meus alunos dos 3º EM.
Adoro vocês!!!



"Chora, me liga." Paródia: "Estuda, não cola."

Não era pra você se reprovar
Era só você estudar
Fazer lição
Depois a correção.

Faz a lição entrega pra mim
Tenha azul no seu boletim
Eu vou vistar
3º. Eu vou vistar.

A redação do Enem
Não vai ser fácil não
Não vou poder estar lá
E corrigir com o meu coração.

Os caras da correção
Não vão dar mole não
E vocês podem, com certeza
levar um zerão.

Estuda, não cola na prova
Entrega a lição
Faz a redação
Você precisar passar.

Estuda, quem cola na escola
Não aprende a matéria
Faz a coisa séria
Para um dia prestar vestibular.


Por: Marlene Jorge.

16 de nov. de 2009

Victor e Léo: Amigo Apaixonado / Paródia: Dedo-duro

Pensando bem, eu poderia ter me esforçado
Eu poderia ter passado, sem nenhuma preocupação
Nada melhor que eu deixar a professora saber,
Pois é tão triste esconder, uma cola tão bonita.
Hoje mesmo a Marlene vou procurar,
Falar de ti
Sei que ela nem chegou a imaginar, que você pudesse colar tanto assim.

Sempre fui um grande amigo seu,
Só que não sei mais se assim vai ser
Sempre te passei minhas lições
só te passar respostas não dá mais.

Essa cola entrou na sua prova,
E agora, o que você vai responder?
Pode colocar certo na A ou na B,
Só te passar cola, não dá mais.

Por: Aline Ariane e Aline de Souza, 3ªA

Kageyama Hironobu - We Gotta Power / Paródia: Posso Pressentir

Posso pressentir
O Saresp e o ENEM
E ninguém agora vai me amedrontar
Com o meu estudo
Vou a mil vestibulares
E a inteligência me dá forças pra passar.

Sonhos desejamos alcançar
Ser alguém com o estudo maior
Que você já tem.

Liberdade é aprender
a lição
Sempre estudando
Vamos triunfar
E se o nosso estudo é pra valer
Vou mostrar meu valor
Alice Chuery
Meu compromisso é sempre vencer.

Faculdade nova fase vai chegar
Criatividade tenho para usar
E com a alegria de aprender
Ninguem vai me deter
Alice Chuery
Meu compromisso é sempre vencer!

Por: Bruno Mathias, Jessica Leite e Rodrigo Paneghine, 3ªA

15 de nov. de 2009

Cássia Eller - De Volta Pra Casa / Paródia: Por Enquanto

Mudaram o Enem
Quase nada mudou
Mas eu sei que pra mim nada aconteceu
É tudo tão indiferente.

Se lembra quando “agente” chegou um dia acreditar
Que o Enem seria diferente
Sem saber
Que a mudança sempre atrapalha.

Mas nada vai apagar
O que agente estudou
Quando penso no Enem, me bate uma deprê
E ai eu sei que não ta nada bem.

Mesmo com tantos imprevistos
Que vieram nos abalar
Se desistir ou prestar
Agora tanto faz
Estamos indo prestar outra prova.

Por: Jessica Santos e Elisangela, 3ªD

Turma do Pagode - É Loucura / Paródia: Estudo É Tudo, Mas Bagunça Faz Parte

Me procurando ainda não encontrei
Sofro estudando como nunca estudei
O que eu faço com as lições que eu guardei
Se na verdade amanhã tem que entregar
Essa lição ta virando loucura
Quase ninguém me ajuda
Estudo mas não da pra aguentar.

Hoje na escola é da hora
Já virou bagunça e sempre assim
Estudo pra lá
Vim pra escola é pra bagunça
E nada de tirar uma boa nota.

Turma do Fundão
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê
Vim pra escola só pra bagunça
Lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê
Nada de querer mais estudar.

Por: Deusimara e Jéssica Oliveira, 3ªD